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sábado, 3 de agosto de 2013

Greve deixa HWG em situação crítica


Leandro Cunha - repórter

Com a greve dos servidores da saúde da rede estadual, que se iniciou na última quinta-feira (01), os atendimentos nos maiores hospitais públicos ficaram prejudicados. No Hospital Walfredo Gurgel (HWG), a situação é a mais crítica. O atendimento no ambulatório de queimados, que funciona normalmente três vezes por semana para troca de curativos, foi suspenso, assim como as cirurgias eletivas, agendadas. 



                                                         

No HWG, os residentes estão fazendo apenas cirurgia de emergência; os estagiários de nutrição estão atuando pela metade e o pessoal do Serviço Social só está cuidando das questões de morte, deixando de realizar a comunicação de alta e transferências. “Aqui no Walfredo, 50% dos trabalhadores da saúde estão em greve e com esse número não dá para maquiar o fato de insuficiência de pessoas para realizar alguns trabalhos necessários”, disse Rosália Fernandes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN). 

No Centro de Reabilitação Infantil, especializado em atendimentos psíquicos, neurológicos e fonoaudiológicos parou totalmente. Apesar da greve, os corredores do HWG não estão lotados, diferente dos 280 leitos, que estão cheios. Diante disso foi inevitável de ver casos de pessoas que estão em cima de uma maca e precisam de tratamento, como no caso do pedreiro Raimundo Nonato, que sofreu um acidente de moto em Guamaré. “Estou com a canela quebrada e há 10 dias ninguém me dá atenção aqui, sem contar que peguei uma gripe por conta dessa poeira”, disse.

Já a técnica de enfermagem Maria Graciela confirmou que dos quatro técnicos que atuam no setor de traumatologia do Hospital Walfredo Gurgel, dois estavam trabalhando ontem, mas que isso não prejudicava o trabalho essencial do setor. “Metade dos técnicos está fazendo a medicação e a aplicação de soro, mas o banho e outras questões de higiene não estão sendo feitos”, contou ela. 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que o caso do mutirão feito pelo órgão para reduzir a fila de espera por cirurgias na ortopedia é de responsabilidade das secretarias municipais. O HWG apenas realiza cirurgia de urgência, se precisar. Somente ontem saíram dez pessoas da ortopedia do Walfredo Gurgel para a rede complementar e a expectativa é que até a próxima terça-feira (06) outras 30 pessoas sejam transferidas. Atualmente, no WG exitem 66 pessoas com problemas ortopédicos aguardando para realizar cirurgia. Hoje haverá panfletagem em frente ao Shopping Midway Mall e, na próxima quarta-feira (07), virgília no HWG.

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